quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Um dia apos outro

Engracado como venho oscilando. Hj o dia vendo sendo particularmente mais dificil. Eu tenho sentido muita falta dele, mas hj ta complicado. Ligar pra ele, ouvir aquela voz e as frases que eram dele, me fazem uma falta grande. Talvez pra aliviar a minha dor, venho pensando que fui boa filha, de uma forma geral. Eu tive alguns conflitos adolescentes com meu pai, mas quem nao teve? Mas depois disso nao, ele sabia que eu o amava profundamente e tive orgulho dele. Especialmente quando vim morar fora, a gente se aproximou muito. A gente compartilhava, conversava muito, tinhamos planos e ele foi embora sem que eu pudesse cumprir com nenhum deles.

De algum tempo pra ca, ele me pedia constantemente pra ir embora e confesso que chegou a me irritar. Poxa, ele sabia que eu "ainda" nao podia. Ele eh que nao podia mais esperar e talvez soubesse, sentisse, sei la. Mas o fato de saber que ele morreria, acho que nao me faria ir embora. Poder ainda viver com ele, rir com ele, desfrutar da VIDA com ele, isso sim, me faria.

Eu lamento muito pelos meus filhos. Dudu manteve sempre vivo o avo, mesmo a distancia e tinham juntos, mil coisas pra fazer, pescar era uma delas. Ja o Tiago, perdeu a chance de conhece-lo, mas eu me encarrego, meu pequeno, de faze-lo conhecer seu avo, que foi morar la no ceu, junto da vovo. A saudade tava pesada pra ele.

As fotos dele estao aqui, espalhadas pela casa, onde sempre estiveram e eu ainda peco a bencao todas as manhas. "Deus te abencoe, minha filha", eu ainda ouco.

O fato eh que hj ta doendo mais que ontem, mas  eu nao tenho desespero, sob pena de perturba-lo, de atrapalha-lo, de inquieta-lo. A saudade doi no fundo, chega a ser fisica, mas eh calma, como ele sempre foi. "Eh a leia da vida, minha filha", certamente ele diria.

E vamos levando, meu pai, como precisa ser.

A gente se ve.


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