segunda-feira, 21 de março de 2011

Quer discutir comigo?

Eu adoro uma discussao inflamada, daquelas que te instigam, estimulam, provocam. Alias, quando o interlocutor eh inteligente, articulado e acessivel, melhor ainda. E raro. (Pausa pro almoco do mais velho). (Despausa. Aproveitei pra almocar de novo. Porque, ne, eu ja tinha ido la mesmo). Mas voltando ao assunto das discussoes, eu disse que eh raro, mas nao eh. Eh rarissimo. Aqui nos EUA entao, eh artigo de luxo. E olha que eu nao sou la muito exigente. O minimo de cultura geral pra mim (nas atuais circunstancias) eh prato cheio, tipo almocao de domingo.

Saudade demais dos bate-papos com meu pai. Inteligente, culto, bem humorado.

Com meu irmao, a coisa era mais "quente", sempre acabava em briga (a gente tem um pouco de dificuldade em ceder. Hehehe), mas era uma delicia. Ainda hoje, se a gente conversar mais que 5 minutos no telefone, sai faisca. Ele eh instransigente. Eu nao. Hahahaha.

Sei la, a minha lista de pessoas inteligentes eh extensa, nem da pra ficar citando.

Odeio discurso pronto e tenho pavor de teoriazinha.

Gosto de gente pensante, que nao tem medo de mudar. Mudar de ideia, de opiniao, de dizer : "Eh... pensando bem, vc tem razao." Tenho muitos defeitos, mas esse certamente nao eh um deles. Eu mudo, sem o menor problema, se eu for convencida a isso, com argumentos solidos e validos. Delicia eh gente com poder de convencimento.

Ai, ai... e aquele papo no boteco? Choppinho gelado, espetinho de picanha, caldinho. Papo vai, papo vem, chopp vai, chopp vem... E eu? Quero outra vida?

Ontem mesmo, eu e El Maridon conversavamos sobre isso. Ainda bem que a gente casou. Hahahaha. Porque olha, nossos "vinte e poucos anos" vao passar e os filhos crescem, a barriga tambem (cresce mais), a "disposicao" diminue e a gente vai precisar conversar o dobro, o triplo do que a gente conversa hoje. Ainda bem que isso vai ser possivel.

Quem conheceu meus pais sabe o que eu estou falando. Meu pai sempre sentado na "Cadeira do Papai", minha mae no sofa ao lado, com os pes sobre uma almofada na mesinha de centro e as maos dadas. A mao esquerda dele, segurando a mao direita dela. E ali eles conversavam, viam novela, riam, choravam, faziam planos (sim, eles fazim planos). Viveram juntos por 51 anos.

E eu deixei esse post salvo e ele ficou, ficou, ficou e eu perdi o fio da meada. Vai assim. Ta bao tambem.


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